não resta nada para lá da brutalidade do amor
o encontro dos corpos que se esquecem
eu e tu num nó amorfo, entrelaçados no compasso dos dias iguais
a tragédia com que nos desconhecemos
e a tua mão, e o teu rosto, num fuso horário distante
já sei o teu nome
já só sei o teu nome
os outros traços, que escrevemos com lábios, com lascívia e sem sacrifício estão pendurados na acidez dos dias
já não sei o meu nome
a voz que me aguarda
num túnel sem luz
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