sábado, 14 de dezembro de 2024

não resta nada para lá da brutalidade do amor

o encontro dos corpos que se esquecem

eu e tu num nó amorfo, entrelaçados no compasso dos dias iguais

a tragédia com que nos desconhecemos

e a tua mão, e o teu rosto, num fuso horário distante


já sei o teu nome

já só sei o teu nome

os outros traços, que escrevemos com lábios, com lascívia e sem sacrifício estão pendurados na acidez dos dias

já não sei o meu nome

a voz que me aguarda

num túnel sem luz





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